terça-feira, 4 de março de 2014

Remédios para emagrecimento podem causar sérios problemas à saúde

Sibutramina (Foto Divulgação)

É cada vez mais comum se deparar com pessoas que fazem dietas por conta própria, sem o acompanhamento de um nutricionista. A busca excessiva pelo peso ideal, nem sempre traz bons resultados. O exemplo mais recente disso foi o caso da jovem Karine Gonçalves, de Vitória – ES, que perdeu o movimento das pernas, por fazer dieta líquida durante oito meses.

Não muito diferente de Karine, muitas pessoas colocam a saúde em risco na perda de peso fácil e rápido, com ajuda de medicamentos tarja preta. O mais conhecido entre eles é a Sibutramina. Uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica, e que pode causar aumento da pressão arterial, elevação da frequência cardíaca, dores de cabeça, boca seca, insônia e prisão de ventre.


A salgadeira Carla Cristina de Oliveira, 35, viveu na pele as conseqüências da substância. Ela fez uso durante 30 dias e emagreceu cerca de 10 kg. “Comecei a usar por indicação da minha patroa. Procurei um nutricionista e ele me passou uma dieta junto com o uso do medicamento. Porém, parei após começar a sentir meu coração acelerar e ficar muito elétrica, agitada” conta a Carla, que ainda segundo ela, “durante o uso do remédio não se tem fome pra nada e após deixar de ser usuário da Sibutramina, vem a ansiedade e a vontade incontrolável de comer”.

Assim como a Sibutramina, existem diversos medicamentos para emagrecimento em curto prazo. Eles têm como principal característica a inibição da fome do usuário. De acordo com o professor de Educação Física, Rodrigo Ferreira, o consumo desses medicamentos é a ultima opção, em casos extremos como a obesidade mórbida e com acompanhamento de um o médico especialista na área. “Independente do uso ou não de medicamentos, a dieta acompanhada de um nutricionista tem que estar presente. Acreditar em remédios milagrosos é fantasia e pode trazer sérios problemas de saúde” explica o personal.

O caso da doméstica Marinei da Silva, 43, foi ainda pior. Ela fez tratamento médico em Niteroi, no Rio de Janeiro, em 2008 e chegou a perder cerca de 35 kg durante um ano de tratamento, também sob remédio tarja preta. Período até então satisfatório, senão fossem os efeitos colaterais. “Mesmo sabendo dos riscos, não tive medo e comprava os medicamentos com receita médica em farmácia de manipulação, até começar a ter problemas de pressão alta, coração acelerado e cansaço. Foi ai que resolvi parar”  explica a doméstica que quer continuar o processo de emagrecimento sem o uso dos remédios.

Nutricionista Flávia Junqueira Lopes à
 esquerda e com sua paciente Keila Jardim
 à direita. (Foto Divulgação)
Profissionais da área alertam sobre dietas sem acompanhamento de um profissional: “Pra você fazer uma dieta, você precisa da ajuda de um nutricionista que entenda o seu caso pra que te guie e te acompanhe. Não existe sucesso sem esforço. Não existem milagres!” explica a nutricionista Flávia Junqueira, e acrescenta: “comece com a reeducação alimentar, mude seus hábitos alimentares e não fique sem comer. Você precisa se alimentar de 3h em 3h, pois mantém seu metabolismo acelerado. Beba muita água e inclua exercícios no seu estilo de vida” Finaliza.

Por Jonatas Willemen, Bianca Garcia e Niedja Ribeiro :: UVA Passa


Nenhum comentário:

Postar um comentário