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Sibutramina (Foto Divulgação) |
É
cada vez mais comum se deparar com pessoas que fazem dietas por conta própria,
sem o acompanhamento de um nutricionista. A busca excessiva pelo peso ideal,
nem sempre traz bons resultados. O exemplo mais recente disso foi o caso da
jovem Karine Gonçalves, de Vitória – ES, que perdeu o
movimento das pernas, por fazer dieta líquida durante oito meses.
Não
muito diferente de Karine, muitas pessoas colocam a saúde em risco na perda de
peso fácil e rápido, com ajuda de medicamentos tarja preta. O mais conhecido
entre eles é a Sibutramina. Uma substância aplicada no tratamento de obesidade,
vendida mediante prescrição médica, e que pode causar aumento da pressão
arterial, elevação da frequência cardíaca, dores de cabeça, boca seca, insônia
e prisão de ventre.
A
salgadeira Carla Cristina de Oliveira, 35, viveu na pele as conseqüências da
substância. Ela fez uso durante 30 dias e emagreceu cerca de 10 kg. “Comecei a usar por indicação da minha patroa.
Procurei um nutricionista e ele me passou uma dieta junto com o uso do
medicamento. Porém, parei após começar a sentir meu coração acelerar e ficar
muito elétrica, agitada” conta a Carla, que ainda segundo ela, “durante o uso do remédio não se tem fome pra
nada e após deixar de ser usuário da
Sibutramina, vem a ansiedade e a vontade incontrolável de comer”.
Assim
como a Sibutramina, existem diversos medicamentos para emagrecimento em curto
prazo. Eles têm como principal característica a inibição da fome do usuário. De
acordo com o professor de Educação Física, Rodrigo Ferreira, o consumo desses
medicamentos é a ultima opção, em casos extremos como a obesidade mórbida e com
acompanhamento de um o médico especialista na área. “Independente do uso ou não de medicamentos, a dieta acompanhada de um
nutricionista tem que estar presente. Acreditar em remédios milagrosos é
fantasia e pode trazer sérios problemas de saúde” explica o personal.
O
caso da doméstica Marinei da Silva, 43, foi ainda pior. Ela fez tratamento
médico em Niteroi, no Rio de Janeiro, em 2008 e chegou a perder cerca de 35 kg
durante um ano de tratamento, também sob remédio tarja preta. Período até então
satisfatório, senão fossem os efeitos colaterais. “Mesmo sabendo dos riscos, não tive medo e comprava os medicamentos com
receita médica em farmácia de manipulação, até começar a ter problemas de
pressão alta, coração acelerado e cansaço. Foi ai que resolvi parar” explica a doméstica que quer continuar o processo de emagrecimento sem o uso
dos remédios.
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Nutricionista Flávia Junqueira Lopes à esquerda e com sua paciente Keila Jardim à direita. (Foto Divulgação) |
Profissionais
da área alertam sobre dietas sem acompanhamento de um profissional: “Pra você
fazer uma dieta, você precisa da ajuda de um nutricionista que entenda o seu
caso pra que te guie e te acompanhe. Não existe sucesso sem esforço. Não
existem milagres!” explica a nutricionista Flávia Junqueira, e acrescenta: “comece com a reeducação alimentar, mude
seus hábitos alimentares e não fique sem comer. Você precisa se alimentar de 3h
em 3h, pois mantém seu metabolismo acelerado. Beba muita água e inclua
exercícios no seu estilo de vida” Finaliza.
Por Jonatas Willemen, Bianca Garcia e Niedja Ribeiro :: UVA Passa
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