Na hora de sair
para curtir os blocos de carnaval não
esqueça os confetes, serpentinas e é
claro, as camisinhas!
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Imagem Niedja Ribeiro |
Já é carnaval!
Muito samba, curtição e “azaração”. É uma
das datas mais importantes do calendário brasileiro. Nesta época, o sexo
sem proteção é frequente o que resulta em sérios problemas
de saúde. Dessa forma, o preservativo é a garantia de que a
alegria continue depois do feriado. Afinal, além de método contraceptivo, é a
melhor maneira de se manter livre das doenças sexualmente transmissíveis,
incluindo infecções genitais causadas pelo papiloma vírus humano (HPV).
O HPV é composto
por mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos
seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se
infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida e por isso ele é
considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum do
mundo.
A maioria das mulheres que contrairam o vírus
não sabem, por que as lesões do HPV no colo uterino raramente determinam
sintomas e é o principal causador do câncer de colo
do útero. Portanto, é importante fazer o exame preventivo
(Papanicolau) periodicamente para fazer o tratamento correto.
Já existe vacina
para imunizar mulheres que ainda não foram infectadas pelo vírus e a partir do dia 10 de Março de 2014 estará disponivel nos
postos de saúde para imunizar adolescentes a partir de 10 anos. A
vacina pode ser tomada até os 26 anos, porém, quanto mais cedo se prevenir,
maiores as chances de não contrair o virus.
Abaixo estão as explicações sobre as principais dúvidas sobre o HPV (retirado do site Boa Forma )
Qual vacina tomar?
Existem duas vacinas de dois grandes
laboratórios no mercado. Uma delas, a bivalente, protege contra os vírus mais
associados ao câncer de colo do útero - o 16 e o 18. A quadrivalente (também
chamada de tetravalente) abrange uma maior variedade: além do HPV que causa o
câncer, também previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de
verrugas genitais.
Qual das duas é
melhor?
"Ambas são excelentes e cumprem o seu
papel principal, que é prevenir o câncer de colo do útero", afirma Neila Góis Speck, professora do
Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O
médico é quem deve determinar qual delas escolher com base no histórico de
saúde da paciente e de sua vida sexual. Não recomenda-se tomar as duas em
hipótese alguma.
A proteção dura
a vida toda?
"Pesquisas apontam que a imunidade contra
os vírus presentes na vacina dura por pelo menos dez anos", afirma Rosa
Maria Neme, ginecologista de São Paulo. As voluntárias não voltaram a se
contaminar após esse período. Isso leva a crer que não haverá a necessidade de
tomar a vacina mais uma vez na vida.
Qual o melhor
momento para se vacinar?
O ideal é vacinar-se antes do início da vida
sexual, a partir dos 9 anos de idade, quando ainda não houve nenhum risco de
exposição ao vírus. Além disso, quanto mais jovem o organismo, mais anticorpos
ele produz, aumentando a proteção. A recomendação do Ministério da Saúde é
tomar até os 26 anos. Porém os especialistas afirmam que mulheres de todas as
idades também devem se vacinar.
E as mulheres
que já tiveram HPV? Podem tomar a vacina?
"Sim, uma vez que a doença em si não
provoca a imunidade", diz Neila. Ou seja, quem já teve um diagnóstico
de HPV positivo não está livre de se contaminar pelo mesmo tipo viral, embora a
probabilidade seja pequena. O medicamento ainda protege a mulher de se infectar
por outra variedade - esse risco é maior quando há a troca de parceiro
sexual.
Quem se imunizou pode contrair a doença?
Pode. Isso porque as vacinas protegem contra
alguns tipos virais (e não todos) e sua eficácia não é total - gira em torno de
80%. "A paciente vacinada pode se contaminar, mas o risco de desenvolver a
doença é pequeno", afirma Rosa. Mesmo em contato com o vírus, é possível
que o corpo se livre dele sem manifestar nenhum sintoma ou reação.
A vacina é a
única forma de se prevenir?
De jeito nenhum! O uso de camisinha nas
relações sexuais, inclusive nas preliminares, é fundamental para diminuir a
contaminação. O ideal é combinar a vacina com o uso de preservativos, além da
realização anual do teste ginecológico papanicolau, para diagnóstico de lesões iniciais e
tratamento precoce.
Por
Niedja Ribeiro :: UVA Passa
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