sábado, 1 de março de 2014

Folia com consciência e responsabilidade

Na hora de sair para curtir os blocos de carnaval não 
esqueça os confetes, serpentinas e é claro, as camisinhas! 

Imagem Niedja Ribeiro

Já é carnaval! Muito samba, curtição e “azaração”. É uma das datas mais importantes do calendário brasileiro. Nesta época, o  sexo sem proteção é frequente o que resulta em sérios  problemas de saúde.  Dessa forma, o preservativo é a garantia de que a alegria continue depois do feriado. Afinal, além de método contraceptivo, é a melhor maneira de se manter livre das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo infecções genitais causadas pelo papiloma vírus humano (HPV). 

O HPV é composto por mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida e por isso ele é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo.  


A maioria das mulheres que contrairam o vírus não sabem, por que as lesões do HPV no colo uterino raramente determinam sintomas e é o principal causador do câncer de colo do útero. Portanto, é importante fazer o exame preventivo (Papanicolau) periodicamente para fazer o tratamento correto. 

Já existe vacina para imunizar mulheres que ainda não foram infectadas pelo vírus e a partir do dia 10 de Março de 2014 estará disponivel nos postos de saúde para imunizar adolescentes a partir de 10 anos. A vacina pode ser tomada até os 26 anos, porém, quanto mais cedo se prevenir, maiores as chances de não contrair o virus. 

Abaixo estão as explicações sobre as principais dúvidas sobre o HPV (retirado do site Boa Forma ) 

Qual vacina tomar? 
Existem duas vacinas de dois grandes laboratórios no mercado. Uma delas, a bivalente, protege contra os vírus mais associados ao câncer de colo do útero - o 16 e o 18. A quadrivalente (também chamada de tetravalente) abrange uma maior variedade: além do HPV que causa o câncer, também previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. 

Qual das duas é melhor?  
"Ambas são excelentes e cumprem o seu papel principal, que é prevenir o câncer de colo do útero", afirma Neila Góis Speck, professora do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O médico é quem deve determinar qual delas escolher com base no histórico de saúde da paciente e de sua vida sexual. Não recomenda-se tomar as duas em hipótese alguma. 

A proteção dura a vida toda?  
"Pesquisas apontam que a imunidade contra os vírus presentes na vacina dura por pelo menos dez anos", afirma Rosa Maria Neme, ginecologista de São Paulo. As voluntárias não voltaram a se contaminar após esse período. Isso leva a crer que não haverá a necessidade de tomar a vacina mais uma vez na vida. 

Qual o melhor momento para se vacinar? 
O ideal é vacinar-se antes do início da vida sexual, a partir dos 9 anos de idade, quando ainda não houve nenhum risco de exposição ao vírus. Além disso, quanto mais jovem o organismo, mais anticorpos ele produz, aumentando a proteção. A recomendação do Ministério da Saúde é tomar até os 26 anos. Porém os especialistas afirmam que mulheres de todas as idades também devem se vacinar. 

E as mulheres que já tiveram HPV? Podem tomar a vacina?  
"Sim, uma vez que a doença em si não provoca a imunidade", diz Neila. Ou seja, quem já teve um  diagnóstico de HPV positivo não está livre de se contaminar pelo mesmo tipo viral, embora a probabilidade seja pequena. O medicamento ainda protege a mulher de se infectar por outra variedade - esse risco é maior quando há a troca de parceiro sexual. 

Quem se imunizou pode contrair a doença?  
Pode. Isso porque as vacinas protegem contra alguns tipos virais (e não todos) e sua eficácia não é total - gira em torno de 80%. "A paciente vacinada pode se contaminar, mas o risco de desenvolver a doença é pequeno", afirma Rosa. Mesmo em contato com o vírus, é possível que o corpo se livre dele sem manifestar nenhum sintoma ou reação. 

A vacina é a única forma de se prevenir?  
De jeito nenhum! O uso de camisinha nas relações sexuais, inclusive nas preliminares, é fundamental para diminuir a contaminação. O ideal é combinar a vacina com o uso de preservativos, além da realização anual do teste ginecológico papanicolau, para diagnóstico de lesões iniciais e tratamento precoce.


Por Niedja Ribeiro :: UVA Passa

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