segunda-feira, 31 de março de 2014

Um bate-papo com Bruno Toscano, organizador da nova “Marcha da Família”, em São Paulo

Imagem a qual Bruno se refere na entrevista . Foto: Arquivo pessoal

No último dia 22, de acordo com o que apontam números oficiais, cerca de 700 pessoas tomaram as ruas de São Paulo naquela que foi batizada de nova “Marcha da Família”. O ato serviu para comemorar os 50 anos  do Golpe Militar de 1964, que, resumidamente, colocou os militares no poder do Brasil até 1985. Além de, claro, reunir adeptos à ideia de que esse tempo deveria retornar.
Procurado por toda a mídia por ser um dos organizadores desta nova marcha, Bruno Toscano Franco, 40 anos, conversou com a UVA PASSA para esclarecer os motivos do evento. Por e-mail, foram enviadas cinco perguntas, todas respondidas abaixo. Confira a entrevista na íntegra.

UVA PASSA: Em primeiro lugar, o que você é dentro desse movimento? Podemos chamá-lo de "organizador"?
Bruno: Sim, sou um dos organizadores da Marcha, que não foi uma reedição da Marcha de 1964, mas sim, uma comemoração pela passagem dos 50 anos daquele movimento que trouxe os militares democraticamente ao poder do Brasil. A Marcha teve este nome para fazer com que os jovens que sofreram uma verdadeira lavagem cerebral nas escolas e universidades em todo o país pudessem pesquisar sobre este fato de nossa história, que foi omitido pelos professores esquerdistas que ensinam apenas que houve um golpe militar no Brasil.
UP: Você ficou satisfeito com a marcha? O movimento atingiu os objetivos?
BF: Sim ficamos satisfeitos sim. O evento poderia ter sido muito maior se nós não tivéssemos sofrido com o fogo amigo, pois um cidadão que abriu as portas de uma instituição para que pudéssemos nos organizar queria nos usar para fundar um partido, enquanto nós queríamos falar sobre a Marcha, ele agiu de má fé.

UP: Segundo a imprensa, a marcha reuniu cerca de 700 pessoas em São Paulo. Era esse o número aguardado? Ou você acredita que não se pode comparar com o evento que aconteceu em 64, quando milhares de pessoas foram às ruas?
Outra imagem a qual Bruno faz menção .
Foto: Arquivo pessoal

BF: Primeiro, a imprensa toda esta comprada pelo governo. Quem é que garante a concessão para o funcionamento delas!? Você já viu alguma vez um cachorro morder a mão de quem o alimenta!? Estas imagens mostram bem os mais de 5 mil que estiveram na Marcha. A tentativa da imprensa vermelha de tentar ridicularizar o movimento é a demonstração clara de que eles trabalham para o governo. O evento nada tem a ver com o de 64, a começar que este evento não teve patrocinadores e muito menos apoio de partidos políticos, como o de 64 teve. Infelizmente, o nosso povo vem sendo induzido e conduzido ao erro. O nosso povo só irá acordar quando a corda da ditadura comunista estiver apertando o pescoço de cada um.

UP: O movimento acabou por aí? Quais são os próximos passos? Há alguma outra marcha já marcada?
BF: O movimento esta apenas começando. Este foi o nosso primeiro tiro de alerta. Só iremos parar quando este governo imundo cair, pois não vai ser votando que iremos mudar alguma coisa, uma vez que as urnas são fraudadas e não garantem a nossa segurança. Elas deveriam emitir um comprovante dizendo: “Parabéns, você votou XX”. As informações do eleitor estariam protegidas com um código de barras, e este comprovante seria depositado em uma urna ao lado da urna eletrônica, para uma auditoria em caso de suspeita de fraude. Engraçado é que neste país tudo é manipulado, comprado ou falsificado, só as urnas eletrônicas são idôneas?
UP: O que dizer da participação de outras cidades na marcha? Satisfatório?
BF: A participação de outras cidades foi válida, aliás, tudo é válido desde que seja para somar ao evento. E mesmo que tivesse um representante em cada cidade, seria uma vitória, pois mostra que ainda existem brasileiros que não foram manipulados e nem estão dormindo no ponto. Enquanto o governo gasta o nosso suado dinheiro para levar 30 mil massas de manobra para Brasília, gastando 550 mil reais, nós levamos mais de 5 mil e não estes 700 que a imprensa disse que levamos para às ruas de GRAÇA, sem apoio ou patrocínio e muito menos com frentes sindicais por de trás do nosso movimento. Engraçado é que eu nunca vi um movimento de MST pedir trabalho, aliás, nenhum destes protestos organizados pela esquerda sai nas ruas para pedir por trabalho. Nós saímos para pedir e exigir os nossos direitos, e o que acontece? A imprensa tenta nos ridicularizar. Como o fascismo é fascinante e  deixa gente ignorante fascinada!

Por Lorena Brites e Tébaro Schmidt :: UVA PASSA

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