2014
é ano de eleições no Brasil e outubro é o mês onde o povo decide quem vai
representá-lo no Senado, na Câmara de Deputados, na liderança de cada estado e
na presidência e essa decisão perdura por quatro anos. É sabido que em um
mandato, não há tempo suficiente de transformar a cara de um país, mas é
possível começar e deixar meio caminho andado.
Manifestações
O ano de 2013 foi um marco para a história da
política brasileira. Marco esse que mostrou e comprovou que a maioria da
população está insatisfeita com o atual governo e com as vertentes políticas
coordenadas por ele. Os protestos no Brasil aconteceram por propagação viral através das redes
sociais. As manifestações populares se iniciaram nas principais capitais do
país e ganharam apoio popular após as fortes repressões policiais. Cerca de 84%
da população foi as ruas. Foram as maiores mobilizações brasileiras desde o impeachment de Collor, em 1992.
Inicialmente ocorreram em razão do aumento das tarifas dos
transportes públicos em 20 centavos, em que não havia apoio da mídia, pouca
participação popular e muitos conflitos violentos entre manifestantes e
policiais. Mais tarde, as manifestações contaram com grande cobertura midiática
e massiva participação popular, onde novas exigências foram colocadas em pauta
após conseguirem a reversão do reajuste das tarifas do transporte público.
Em 17 de junho de 2013, cerca de 300 mil brasileiros saíram
às ruas para protestar em 12 cidades do país. Diferente da primeira fase, as
manifestações foram no geral pacíficas, com pequenos focos de vandalismo e
represálias. No dia 20 de junho, as manifestações tomaram outro foco, e
começaram a reivindicar temas como PECs 37 e 33, "cura" gay, ato
médico, gastos com a Copa das
Confederações FIFA de 2013, com a Copa do Mundo FIFA de 2014 e fim da corrupção. Nesse mesmo dia, houve um
pico de mais de 1,4 milhão de pessoas nas ruas em mais de 120 cidades do
Brasil.
Jovens políticos mudando o
cenário do Brasil
A
maioria dos cartazes e dos gritos por um Brasil melhor foram levantados e
entoados por jovens e adolescentes. Cada vez mais a população de pouca idade
tem tomado “gosto” pela política e por tudo que ela rege. Anos atrás, o cenário
da política brasileira era formado por homens de meia idade. Para ser político
era necessário ter bastante experiência de vida e ter passado por diferentes
cargos. Hoje, as mulheres também são protagonistas desse cenário. A vontade por
mudança e a luta por uma nova roupagem nos segmentos do país é o bastante para
se tornar representante do povo.
Veem-se
hoje jovens políticos. A candidatura em si já trás um novo rumo, até a forma de
atrair eleitores é feita de maneira lúdica e diferente. Os jovens vão às ruas,
fazem manifestos, buscam por “voz” dentro dos plenários e acabam convencendo
eleitores, que respondem a essas novas ideias nas urnas, elegendo não só um
político, mas uma nova filosofia.
Jovens eleitores e a importância do voto
Mais
importante do que a vontade de mudar o Brasil sendo político é a vontade de mudá-lo
através do voto. Voto. O ato de apertar alguns botões na urna eletrônica é que
dá poder a futuros governantes que são escolhidos por jovens, adultos e idosos,
mas a obrigatoriedade não é para todos. Menores de 18 e maiores de 65 anos não
são obrigados a irem às urnas, ainda assim muitos que se enquadram nessa faixa
etária não deixam de exercer sua cidadania e fazem questão de colaborar na
democracia do país.
Segundo
dados do Tribunal Superior Eleitoral – TSE (abril de 2012) a população entre 16
e 17 anos, ou seja, a parcela dos jovens que tem a opção de votar constitui em
termos proporcionais 1,77% da população. Para muitos jovens esta será a
primeira eleição, para outros será a segunda. Eles querem saber o que os
candidatos têm a oferecer em termos de melhoria da qualidade de vida.
De acordo
com Gabriel Barreto, 16 anos, morador de Arraial do Cabo, o voto dá voz aos jovens
e os torna parte do país. “Acho muito importante votar, pois cobra de nós muita
responsabilidade.” Disse o jovem, afirmando ainda que é necessário ter
racionalidade para escolher um representante.
Ao
contrário de Gabriel, o cabista Lucas Venâncio, acabou de completar 16 anos e
afirma que ainda não tem noção do que o seu voto representa. “Esse ano será
minha primeira eleição. Quero votar, mas tenho que analisar as propostas dos
candidatos.” Esclareceu Lucas. O jovem eleitor acrescentou que em casa o
assunto “eleições” não é muito discutido.
Principiantes
ou não, é importante lembrar que o voto é o ato mais democrático de um país.
Para quem ainda não tem título, é só comparecer no TRE mais próximo até o dia 7
de maio. Após essa data, só poderá ser feita a segunda via do documento.
Confira os
documentos necessários para tirar o título de eleitor:
Documentos Necessários
|
||
Identificação
(com nome atual) |
RG
|
SIM
|
Certidão
nascimento
|
SIM
|
|
Certidão
casamento
|
SIM
|
|
CNH
(carteira nacional de habilitação) |
NÃO
(porque não comprova naturalidade / nacionalidade) |
|
Novo
modelo de passaporte
|
NÃO
(porque não comprova filiação) |
|
Comprovante
de residência
|
Que
contenha nome e seja recente
|
|
Comprovante
de quitação do serviço militar
|
Apenas
para homens acima de 18 anos
|
Por
Paula Zózimo, Juliana Rodrigues, Maria Antônia Casarões e Michelle Canciler ::
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