quinta-feira, 8 de maio de 2014

Redes sociais são grandes aliadas dos defensores de animais



A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, cujo objetivo é proteger e preservar as espécies, considera que todo o animal possui direitos e que o desprezo dos mesmos tem levado o homem a cometer crimes cada vez mais bárbaros contra eles e contra a natureza. Apesar de todos os discursos pertinentes à proteção e direito dos animais em todo o mundo, o desrespeito e o abuso com os mesmos vêm sendo registrados com frequência pela mídia. No entanto, as redes sociais têm sido uma grande aliada ao combate aos maus tratos. Através delas, fotos e vídeos flagrantes revelam crueldades e auxiliam as autoridades a encontrarem os responsáveis pelos crimes. 

Nas redes sociais, protetores dos animais se encontram para defender a causa . Foto: Divulgação


 Conheça alguns casos que marcaram 2012:

A vira-lata Brigitty, que foi encontrada pela voluntária Kate Clunc, estava gravemente ferida no pescoço em Porto Alegre (RS) e totalmente debilitada. Imagens da cadela invadiram as mídias sociais motivando uma campanha de solidariedade pela rede Facebook para ajudar a custear o tratamento.

No mesmo ano, o Pet Shop Quatro Patas, no Rio de Janeiro, ficou conhecido internacionalmente após ter um vídeo divulgado gravado dentro do estabelecimento, onde funcionários agrediam cachorros enquanto davam banho. Na gravação, Daniel Barroso de 20 anos, xingava, dava tapas, socos e garrafadas na cabeça dos animais, além de jogar água abundante no focinho deles, sufocando-os. Ele acabou sendo preso depois.

Um caso recente ganhou destaque na grande mídia causando espanto e indignação. A prefeitura de Sochi, cidade-sede das Olimpíadas de Inverno, no início do mês, mandou exterminar os mais de dois mil cães e gatos que vivem nas ruas do município para deixar o local “mais limpo e seguro” durante o evento esportivo.

Caso dos Beagles despertou autoridades . Foto: Divulgação
Porém, as autoridades responsáveis no Brasil só tomaram a frente da situação após o caso Royal, onde defensores da causa libertaram cachorros da raça beagle de dentro de um laboratório de testes. Logo após o ocorrido, a Câmara dos Deputados aprovou uma Comissão a fim de apurar o ocorrido na clínica e punir os devidos responsáveis, além de medidas como a do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que criou um projeto de lei que estabelece penas diferenciadas para cada tipo de mau trato. Atualmente, a lei prevê três meses a um ano de prisão, além de multa, em caso de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais; se causar morte, a pena sobe de um sexto a um terço.

O auxílio das redes sociais

Casos como estes despertam não só a revolta e o interesse da população, como também o desejo de preservar e cuidar desses animais que precisam de um lar. Neste caso, as redes sociais são responsáveis por grande parte desses grupos.

Pela internet, grupos fechados e abertos reúnem diversos seguidores na rede que promovem adoção de animais de rua. Um deles, conhecido como “Eu amo os animais”, tem 151 mil seguidores que compartilham suas campanhas em defesa dos bichos. Na Região dos Lagos do Rio, o grupo “OPA- Eu quero ajudar os animais” tem cerca de 4 mil seguidores que promovem e divulgam acontecimentos relacionados ao tema.

A moradora de Cabo Frio, Marcely Hamú, é um dos casos registrados no grupo OPA pelo seu amor aos animais. Há cerca de cinco meses, ela foi surpreendida por um visitante insistente. Durante sua volta para casa, ela conheceu um cachorro de rua que circulava pela redondeza do bairro onde mora. Ele a seguiu durante todo o caminho de volta para casa, e mesmo ela o deixando do lado de fora, ele não se afastou do portão. Então, Marcely o deixou entrar e adotou o Zé em sua vida. Com o auxilio de pessoas que participam do grupo OPA, na internet, ela conseguiu até uma consulta médica em preço popular. Hoje, o Zé, como tantos animais abandonados pelas ruas, encontrou um lar.

Correntes ao redor do país pedem o
aumento  às penas . Foto Divulgação
“Ele parecia cansado e com fome, não queria sair de perto da minha casa, e eu acabei trazendo ele pra dentro. Aqui ele conseguiu dormir tranquilo e se alimentar. Não tenho coragem de colocá-lo para adoção. Agora o Zé é da família.” disse Marcely.

E não é só pela internet que se pode promover uma campanha de proteção. Em Cabo Frio, por exemplo, a Prefeitura promove feiras de adoção em praça pública com os animais recolhidos pela cidade. O projeto consiste em resgatar animais abandonados pela cidade e tratá-los no Canil Municipal, localizado na Fazenda Campos Novos, no segundo distrito da cidade.

No local, os animais são vacinados e castrados antes de irem para adoção. O recolhimento abrange todos os animais que estão abandonados, não só gatos e cachorros, mas também cavalos, porcos e qualquer tipo de animal que esteja correndo risco de vida.

Para adoção dos mesmos, basta comparecer a Feira de Adoção com os documentos de identidade, CPF e comprovante de residência, além de ter mais de 18 anos. Até o momento, não foi registrada nenhuma data prevista para a próxima realização. Contudo, o Canil Municipal está aberto para visitantes e moradores que desejam conhecer e adotar um de seus animais. O canil também oferece o serviço de veterinária para famílias carentes da cidade que não têm condições de manter a saúde de seus bichos.

Por Bruna Lopes, Letícia Macedo, Niedja Ribeiro e Walkiria Souza :: UVA PASSA

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